Em 2023, mais de 7 mil mulheres morreram no Brasil devido ao câncer do colo do útero, uma doença amplamente prevenível por meio da vacina contra o HPV, oferecida gratuitamente pelo SUS. A desinformação e o baixo acesso de crianças e adolescentes de 9 a 14 anos às unidades de saúde dificultam a ampliação da cobertura vacinal. Fake news e mitos, como a crença de que a vacina estimula comportamentos de risco, também são barreiras.
Programas de vacinação escolar são essenciais para melhorar a adesão, sensibilizando pais e jovens e integrando ações educativas. Populações vulneráveis, como mulheres em áreas rurais, enfrentam desafios adicionais, como falta de infraestrutura e acesso. Políticas públicas voltadas à equidade são cruciais para superar essas desigualdades.
A OMS, com a Iniciativa Global para Eliminação do Câncer do Colo do Útero, visa vacinar 90% das meninas até 15 anos até 2030. O Brasil está alinhado a essa meta, elaborando um Plano Nacional para eliminar a doença. A sociedade civil organizada, por meio de ONGs e grupos de advocacy, tem papel central ao mobilizar recursos, combater desinformação e alcançar comunidades remotas.
O sucesso da vacinação contra o HPV requer educação, combate às desigualdades e fortalecimento da rede de saúde pública. Com esforços contínuos e inclusivos, o Brasil pode contribuir significativamente para a erradicação do câncer do colo do útero.