Na época da Pandemia, surgiram boatos de que os fumantes seriam mais resistentes a contrair COVID. Do ponto de vista fisiológico, o cigarro possui mais de 400 substâncias que podem ser agressivas ao tecido pulmonar. Diante de partículas estranhas, os macrófagos presentes no parênquima pulmonar entram em ação fagocitária, degradando essas substâncias.
Por esse motivo, fumantes possuem maior quantidade de macrófagos nos pulmões, o que seria vantajoso no combate ao vírus do COVID-19, o qual entra no organismo por vias respiratórias. No entanto, a ação contínua de macrófagos libera citocinas que atraem neutrófilos, os quais começam a degradar o epitélio pulmonar, podendo levar a quadros de enfisema. Portanto, apesar de uma certa resistência contra o vírus da Pandemia, o fumo pode levar a quadros de enfisema pulmonar.