Após a administração oral de um medicamento, este transita pelo trato digestivo até alcançar o estômago. A partir desse ponto, ocorre o transporte para o fígado, onde se sujeita a processos de metabolização e decomposição antes de ser introduzido na corrente sanguínea. Cada fármaco é prescrito em uma dosagem que leva em consideração os processos metabólicos hepáticos. O consumo de bebidas alcoólicas resulta na decomposição do álcool no fígado, impactando a metabolização do medicamento ingerido. Alguns medicamentos são mais propensos a metabolização excessiva, reduzindo sua eficácia na corrente sanguínea. Por outro lado, outros fármacos sofrem menor metabolização, resultando em uma dose mais elevada do que o previsto, potencialmente levando a uma overdose. Os efeitos do álcool, como sonolência, podem somar-se a reações semelhantes provocadas pelo medicamento. A ocorrência de interações medicamentosas e sua natureza dependem de diversos fatores, como o tipo e dose do medicamento ingerido, a quantidade de álcool consumida, idade, predisposição genética, gênero e estado de saúde geral. Mulheres, idosos e indivíduos com condições hepáticas são particularmente suscetíveis a interações medicamentosas com álcool. Medicamentos a serem observados incluem aqueles destinados ao tratamento de depressão, ansiedade, esquizofrenia, dor (exceto paracetamol), distúrbios do sono (como insônia), alergias, resfriados e gripes.
Fonte: BBC