O Sistema Único de Saúde brasileiro é referência em vários aspectos, e de fato preza pela integralidade e pela longitudinalidade do cuidado. Contudo, muitas vezes essa teoria não se traduz na realidade: moradores de comunidades ao redor do país tem grande dificuldade para conseguirem diagnosticar e tratar doenças oncológicas.
Em pesquisa realizada pelo Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva, quase 70% dos entrevistados alegou baixo acesso a instituições de saúde básica. Com isso, a entrada deles no sistema é demorada, fato ainda agravado pela demora para as marcações de novas consultas e de exames diagnósticos. Soma-se ao quadro a desinformação, que aumenta ainda mais os atrasos inerentes ao sistema. É importante que medidas públicas sejam criadas com base nos dados levantados, para que haja acesso equânime ao combate a essa doença tão prevalente e grave.