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medicina Intervencionista da Dor é uma área da medicina que está relacionada ao uso de técnicas minimamente invasivas, geralmente agulhas, para o tratamento da dor crônica, que se apresenta como uma verdadeira pandemia, já que afeta, em média, 30-40% da população mundial.
No Brasil, ela é representada pela Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas da Dor, a SOBRAMID. E também pela sua entidade máxima, que é o Instituto Mundial de Dor, na sigla em inglês WIP (“W-I-P”), ou World Institute of Pain.
O Médico Intervencionista da Dor atua no sentido de diagnosticar, aliviar e tratar as dores dos mais diversos tipos, assim como casos que não melhoram com o tratamento medicamentoso, ou casos que apresentam efeitos indesejáveis causados pelos remédios. Dores por artrose, neuralgia do trigêmeo, fraturas por osteoporose, dores causadas por herpes zóster, dores de cabeça, dor por amputação, dor regional complexa, são apenas alguns exemplos. Além desses casos, temos aquelas pessoas com indicação de cirurgia, mas que não tem condições de serem submetidas a um procedimento mais invasivo, ou mesmo que já operaram (ombro, coluna, joelhos, quadril) e continuam a sentir dores. Lembrando de maneira bem particular dos pacientes com câncer, muitas vezes acometidos por alguma dor ao longo da evolução da doença e que podem se beneficiar sobremaneira com os diversos tipos de tratamento pouco invasivos.
Para os procedimentos, a pessoa geralmente recebe uma sedação. Mas anestesia geral com intubação, raramente é necessária. E normalmente o paciente recebe alta no mesmo dia. O médico SEMPRE utiliza algum método de imagem para guiar o procedimento (seja por ultrassom ou radioscopia, um aparelho de raio-x que permite imagens em tempo real) para mostrar com a máxima precisão o local em que a agulha ou qualquer outro dispositivo deve estar.
Equipamentos utilizados na terapia intervencionista da dor: 1. Agulha de bloqueio – 2. Agulha de radiofrequência – 3. Bomba de morfina – 4. Gerador (neuromodulador).
Quero destacar aqui um outro ponto importante. Os bloqueios podem ser diagnósticos e terapêuticos, ou seja, descobrir a origem e tratar a dor. Por exemplo, se uma pessoa tem uma dor lombar que irradia para o membro inferior direito, ela pode ter várias causas possíveis para sua dor, como hérnia de disco, sacroileíte, dor miofascial, uma compressão de nervos periféricos, dentre outras. Então o médico deve fazer o bloqueio diagnóstico daquela estrutura que mais provavelmente causa a dor. Se melhorar, estão feitos o diagnóstico e o tratamento, com o paciente sendo encaminhado para reabilitação, dando ênfase naquela determinada estrutura envolvida com a dor. E se não melhorar, outras estruturas poderão ser bloqueadas, até que se descubra a(s) causa(s) dessa dor, sempre que possível.
Finalmente, a medicina intervencionista da dor é uma área que se relaciona e interage de forma imprescindível com outros profissionais (fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, nutricionistas, etc.) já que o problema da dor é muito mais amplo e global.
Texto retirado de:
https://gustavoaquino.med.br/