A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade médica que atende as pessoas ao longo de suas vidas, independentemente de gênero, idade ou possível doença. Reúne ações de promoção e recuperação da saúde em situações agudas ou crônicas.
Para exercer bem tal especialidade, o médico deve possuir uma visão holística, considerando sempre os contextos biológico, psicológico e social e suas interações. Deve também realizar a continuidade da atenção mesmo quando a pessoa precisa ser vista por outros profissionais, idealmente mantendo contato e coordenando as atividades dos mesmos para a obtenção de melhores resultados. Além disso, precisa fazer um atendimento centrado na pessoa atendida, estabelecendo com ela uma boa comunicação e abordar uma abordagem familiar e comunitária, reconhecendo que as interações com outros são parte fundamental dos processos de saúde e doença individuais.
“Os principais avanços desta especialidade médica estão ligados à demonstração, por estudos mais bem delineados do que no passado, da ineficácia de certas medicações ou procedimentos. Além de uma melhor compreensão do fenômeno epidemiológico sobre o diagnóstico”, destaca Daniel Knupp, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
Principais desafios
“Do ponto de vista do trabalho do médico de família e comunidade, a não exigência de titulação como especialista para atuar nos serviços de atenção primária à saúde no SUS é, sem dúvida, o principal fator desmotivador”, afirma Daniel Knupp.
Potencial de crescimento
O médico de Família e Comunidade está presente tanto em centros urbanos, como áreas rurais, indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Em cada região e cultura do país, existe uma diversidade de campos de trabalho.
Outro ponto importante é que serviços de atenção primária à saúde estão em forte crescimento, especialmente, na área de saúde suplementar (SUS).
Principais oportunidades
As principais oportunidades no Brasil para os médicos desta especialidade são a assistência ou preceptoria de residentes e graduandos em unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). Estas existem em todos os municípios do país, atividade docente em universidades públicas e privadas, desenvolvimento de pesquisas locais e em colaborações internacionais, tutoria e supervisão presencial e à distância de outros profissionais na APS, assistência em unidades hospitalares de baixa e alta complexidade, além de consultório e alguns planos de saúde privados.
Atualmente, há muitos médicos de família e comunidade se destacando no campo da gestão e nos processos regulatórios da rede de atenção à saúde. Isso ocorre por sua visão abrangente e integrada da rede e proficiência em coordenação do cuidado.
De acordo com Daniel Knupp, presidente da SBMFC, além da expansão dos serviços de atenção primária à saúde há ainda muito espaço para os médicos de família e comunidade nas faculdades de medicina e na gestão dos serviços de saúde.
Panorama atual
O Brasil tem hoje aproximadamente 6 mil médicos de família e comunidade. A maior parte atua no campo da assistência à saúde. Mas há também os que se dedicam mais às atividades de ensino, gestão ou pesquisa.
Conquistas da SBMFC
A SBMFC atua representando os médicos da área e privilegia o desenvolvimento científico dos seus associados. Isso se dá em várias formas, sobretudo atuando na formação de especialistas e na produção científica.
Fonte:
https://pebmed.com.br/medicina-de-familia-e-comunidade-avancos-desafios-e-oportunidade/#:~:text=A%20Medicina%20de%20Fam%C3%ADlia%20e,em%20situa%C3%A7%C3%B5es%20agudas%20ou%20cr%C3%B4nicas.