A especialidade de Medicina de Emergência passou a ser reconhecida como uma especialidade médica no Brasil há 4 anos apenas e figura como uma das principais áreas de atuação do médico recém-formado.
O médico emergencista atende a pacientes com acometimentos, doenças e lesões que, em geral, não têm diagnóstico prévio e que precisam de atendimento médico imediato, exigindo muito preparo técnico e também emocional dos profissionais
Como se tornar um especialista em Medicina de Emergência?
Para se tornar uma Médico Emergencista você deve fazer a prova de títulos da ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) ou fazer uma Residência em Medicina de Emergência.
No entanto, como a Medicina de Emergência passou a ser reconhecida como especialidade médica recentemente, ainda são poucos os programas de residência no País. Além disso, a residência impede que o médico mantenha sua rotina de trabalho.
Uma outra alternativa para o médico é fazer uma Pós-graduação em Medicina de Emergência, se capacitando mais sem deixar de trabalhar e, consequentemente, ganhar dinheiro. É válido ressaltar que após fazer a Pós em Medicina de Emergência, é preciso ser aprovado na prova de título da especialidade para se intitular especialista.
Essa pode ser uma excelente opção principalmente para médicos recém-formados que querem ganhar mais segurança na sua atuação prática, mas não podem ou não desejam deixar de trabalhar.
Habilidades avançadas em medicina de emergência
Dentro da medicina de emergência existem protocolos de conduta definidos por tipos de paciente ou suporte, fundamentais à diversas situações encontradas pelos médicos dentro e fora das unidades de atendimento.
BLS
O suporte básico de vida ou BLS (Basic Life Support, na sigla em inglês) foi criado para dar habilidades de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) para vítimas de qualquer idade, com diferentes dispositivos de barreiras, com uso de um DEA ou desfibrilador manual e com tratamento de OVACE.
O conhecimento do BLS é essencial aos profissionais de saúde e socorristas, de vários contextos, tanto em hospitalares como pré-hospitalares.
ATLS
O suporte avançado a vida no trauma (Advanced Trauma Life Support®, ou ATLS® na sigla em inglês) é o conjunto de abordagens concisas e sistemáticas no cuidado ao paciente vitma de trauma.
O ATLS foi desenvolvido pelo comitê de trauma do American College of Surgeons (ACS) e introduzido, em 1980, nos EUA e no mundo.
Ele oferece metodos confiáveis para manejo de pacientes vitmas de trauma, permitindo ao profissional o acesso à condição do paciente, a ressuscitação e sua estabilização, determinando se as necessidades vão além das oferecidas pela unidade de atendimento.
O método ATLS também aborda a organização e transferência Inter hospitalar de um paciente e a garantia que o atendimento ideal seja fornecido durante todo o esse processo.
ACLS
O ACLS (Advanced cardiac life support, na sigla em inglês) é um dos conhecimentos fundamentais para todo profissional de emergência, seja ele médico ou não.
O suporte avançado de vida em cardiologia tem sua base no suporte básico de vida (SBV), priorizando a realização de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) de forma contínua sem perda de qualidade.
É um conhecimento fundamental no reconhecimento e atendimento de casos de PCR, pós-PCR, arritmia aguda, AVC e síndromes coronárias agudas. Que de acordo com a OPAS, são as maiores causas de mortes no mundo.
PHTLS
O PHTLS (Prehospital Trauma Life Support, na sigla em inglês) é o atendimento pre-hospitalar ao traumatizado.
Em muitos casos, o rápido e eficiente atendimento pré-hospitalar é essencial para a sobrevida do paciente e o não agravamento da condição já provocada pelo trauma.
Para tanto, faz toda a diferença ter conhecimentos avançados sobre: biomecânica, anatomia, fisiologia e fisiopatologia de órgãos e sistemas.
PALS
O PALS (Pediatric Advanced Life Support), ou suporte avançado de vida em pediatria, vai habilitar o médico a reconhecer o paciente pediátrico com comprometimento circulatório e respiratório que necessite intervenção.
Para esse suporte avançado podem ser necessários: RCP, ventilação auxiliar, desfibrilador, acesso vascular rápido e terapia medicamentosa, que guardam alguns detalhes quando em vítimas pediátricas.
ALSO
O Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO, na sigla em inglês) é o programa que ajuda os profissionais da assistência à gravidez a adquirir conhecimentos avançados e habilidades cruciais para lidar com condições de urgência e emergência que surgem durante o puerpério.
Vale ressaltar que é um programa internacional e que sofre adaptações em algumas regiões, visando sua autossustentação e sempre com o objetivo de oferecer o melhor atendimento à paciente obstétrica.
Ao concluir a Pós em Medicina de Emergência, posso me denominar especialista?
Você só pode se declarar especialista em Medicina de Emergência após finalizar a residência médica ou sendo aprovado na prova de título, pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência.
Ao médico, é permitido trabalhar em todas as áreas que estiver capacitado. Por isso, a pós te capacita a atender pacientes e cuidar de pacientes em diversos cenários de urgência e emergência.
Isso é importante porque é preciso experiência e atuação na área de Medicina de Emergência por tempo igual ou superior a 06 anos para poder prestar a prova de título.
Texto na íntegra:
https://www.sanarmed.com/pos-graduacao-em-medicina-de-emergencia