Retinopatia diabética é uma complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. Caso o paciente não busque tratamento, a visão pode ficar seriamente comprometida.
1) A retinopatia diabética pode surgir sem que o paciente note diferença em sua visão. Com o passar do tempo, porém, a visão passa a piorar, podendo até mesmo chegar à cegueira, caso não seja tratada.
2) Ela tem quatro fases:
Fase Inicial (Não Proliferativa) – Ocorrem os microaneurismas, que são pequenas áreas de dilatação dos pequenos vasos sanguíneos da retina.
Fase Moderada (Não Proliferativa) – Nesta fase, alguns vasos sanguíneos são bloqueados.
Fase Severa (Não Proliferativa) – Mais vasos sanguíneos são bloqueados e várias regiões da retina param de receber sangue. Com isso, elas não recebem o oxigênio suficientes e enviam sinais ao organismo para formar novos vasos para sua nutrição (neovascularização).
Retinopatia Proliferativa – É considerada a fase mais avançada da doença. A retina envia sinais, solicitando melhor circulação de sangue. Isso provoca o crescimento de vasos sanguíneos defeituosos e frágeis.
3) A presença dos vasos sanguíneos com defeito não causa sintomas ou perda de visão. Por terem paredes frágeis, podem se romper e espalhar sangue pela cavidade vítrea. Isso sim resulta em perda de visão.
4) Para evitar os problemas de visão, além de manter um bom controle dos níveis glicêmicos, todo paciente com diabetes tipo 1 ou 2 deve fazer o exame do fundo de olho pelo menos uma vez por ano.
5) Na gravidez, os cuidados com a visão devem ser redobrados. Para proteger a vista, as mulheres grávidas com diabetes precisam fazer pelo menos um exame do fundo de olho a cada trimestre gestacional.
6) A retinopatia não costuma apresentar sintomas. No entanto, quando ocorre hemorragia vítrea, o paciente pode ver alguns pontos de sangue ou manchas flutuantes na visão. Ao primeiro sinal de visão borrada, ou qualquer outra alteração, procure um oftalmologista.
7) Durante as primeiras três fases da retinopatia diabética, não há necessidade de nenhum tratamento oftalmológico, exceto quando há edema macular. Mesmo assim, muitas vezes, pode ser feita fotocoagulação parcial na fase 3.
8) A retinopatia proliferativa é tratada com panfotocoagulação a laser. Nesse tratamento, os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem oxigenação são fotocoagulados. Normalmente, são necessárias duas ou mais sessões de aplicação a laser. Caso haja hemorragia severa, pode precisar de um procedimento cirúrgico chamado vitrectomia, para remover o sangue do olho.
9) O National Eye Institute (NEI) é o órgão que gerencia e apóia pesquisas que tenham como objetivo encontrar novos métodos de diagnóstico, tratamento e prevenção da perda de visão em pacientes com diabetes. Há estudos sobre medicação que pode impedir a retina de enviar sinais para o organismo, evitando, assim, a neovascularização retiniana.
10) A melhor forma de prevenção da retinopatia diabética é manter os níveis de glicemia sob controle. Além disso, é preciso manter bons níveis de pressão arterial e das taxas de colesterol. Isso ajuda a proteger os olhos e a saúde como um todo.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia