Saber como fazer anamnese de forma adequada é fundamental para quem trabalha na área da saúde. Isso porque se trata de um procedimento necessário para estabelecer o diagnóstico preciso e definir as condutas mais corretas às condições clínicas do paciente.
Em síntese, a anamnese (palavra que vem do grego e significa “lembrança, ato de trazer à mente”) tem como objetivo identificar, por meio do relato do paciente, determinados pontos que vão orientar toda a estratégia terapêutica.
Dessa forma, o profissional pode traçar sua linha de raciocínio sobre a patologia ou aflição do paciente, bem como suas causas — por exemplo, se um quadro de desânimo pode ser consequência de um sono não reparador, por problemas respiratórios, ou de um estado de depressão.
Para tanto, ele precisa ouvir as queixas principais do paciente, descobrir seu histórico de patologias, história familiar, entre outros aspectos. Ficou interessado em entender mais sobre o tema? Continue a leitura do post e confira os passos que reunimos!
1. Comece analisando os parâmetros clínicos
Os parâmetros clínicos correspondem a aspectos da saúde do paciente, como pressão arterial, temperatura do corpo, reflexos neurais, glicemia, dentre outros. Além da identificação básica (como nome, idade, sexo, profissão etc.), eles são fundamentais para o restante do processo.
Observando-os, sempre com o uso dos aparelhos adequados e a partir de um questionário padrão, o profissional consegue obter mais detalhes sobre a condição e intensidade dos sintomas, percebendo se há alguma relação causal com algum acontecimento. Com esses dados em mãos, é possível partir para a próxima etapa da anamnese.
2. Obtenha o histórico pessoal e familiar do paciente
Investigar o histórico clínico e familiar do paciente é parte fundamental para a obtenção do diagnóstico. Aqui, cabe ao profissional questionar sobre cirurgias realizadas, o uso de medicamentos prescritos e não prescritos, produtos já utilizados, entre outros aspectos.
A partir desse levantamento será possível analisar possíveis interações medicamentosas ou a falta de adesão ao tratamento, por exemplo. É também muito importante conhecer o histórico de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer em parentes de primeiro grau.
3. Saiba interpretar o paciente
É comum que o paciente, por vezes, relate algum sintoma ou informação que contradigam seus gestos. Sendo assim, é importante saber prestar atenção tanto na linguagem verbal quanto na não verbal. Muitas vezes, o comportamento e as atitudes (linguagem não verbal) ajudam a ler melhor a situação.
Manter os braços cruzados durante esse momento e a falta de contato visual, por exemplo, são algumas posturas que podem representar negações diante das informações ou negação de fatos importantes. Cabe ao profissional saber identificar sinais como esses, não permitindo que eles interfiram de forma negativa no desenvolvimento do diagnóstico.
4. Cruze as informações e converse sobre o diagnóstico
Após a avaliação das queixas e realização da anamnese, é preciso conversar com o paciente e orientá-lo de forma clara as informações necessárias sobre o diagnóstico ao paciente — tanto em casos de diagnóstico imediato quanto naqueles em que exames serão necessários para investigar a condição.
Por fim, a anamnese é um momento crucial do atendimento médico. Por isso, além de seguir as dicas que reunimos acima, é importante fazer desse processo o início de uma relação entre médico e paciente pautada na confiança, reciprocidade e credibilidade. Acredite: tudo isso faz a diferença para a identificação do diagnóstico e até mesmo para o sucesso do tratamento.
Fonte:
https://blog.maconequi.com.br/como-fazer-anamnese/