São Paulo – Um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, aponta que nem todos os medicamentos responsáveis pelo tratamento da pressão arterial alta ou hipertensão devem ser classificados da mesma maneira. Ele revela informações específicas sobre cada medicamento, como a questão da segurança de cada um e a eficácia, o que auxilia na escolha do medicamento que o paciente escolherá para seu tratamento.
Os inibidores de enzima de conversão de angiotensina, ECA – um dos tratamentos mais utilizados pelos indivíduos que sofrem com a doença -, pode não ser a melhor saída, segundo o estudo. Analisando até qual ponto cada medicamento existente conseguiu evitar, sem falhas, os três principais sintomas de hipertensão – ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame -, os pesquisadores perceberam que os inibidores da ECA acabava resultando em cerca de 46 efeitos colaterais que, durante um tratamento, não deveriam existir.
Harlan Krumholz, cardiologista de Yale e o autor deste estudo, comentou que a pesquisa é de nível global.”Este é um estudo multinacional notável, maciço, que forneceu informações que podem informar as escolhas dos pacientes sobre o tratamento da hipertensão. O que distingue não é apenas o tamanho, mas os métodos avançados que otimizam a confiabilidade dos resultados”, acrescentou Krumholz, em comentário no estudo.
Com a analise dos registros de mais de 2,4 milhões de pessoas, os pesquisadores descobriram que os medicamentos tiazídicos – como o Hidroclorotiazida e a Clortalidona – ou medicamentos diuréticos semelhantes são mais eficazes em prevenir ataques cardíacos, insuficiência cardíaca e derrame do que os responsáveis pela inibição da ECA, além de serem relativamente mais seguros. Segundo os pesquisadores, as diferenças podem não parecer especiais individualmente mas, se colocadas em grande escala, é possível ver que se tornam significativas.