Pergunta : Renzo ( Universidade Federal de Goiás ) |
Dr., boa noite! Após ter trabalhado como advogado e servidor público, mudei de caminho pra realizar o sonho de ser médico, e me formarei aos 39 anos. Confesso que nao tenho lá muito interesse em consultório particular, gosto mais do ambiente hospitalar, e tenho interesse em medicina intensiva, medicina de emergência, anestesiologia, dentre outros. Pergunto: a idade é considerado um problema pra ingressar nessas especialidades (entre 42 e 44 anos)? Aliás, como o sr vê o atual momento e o futuro dessas áreas? Obrigado Resposta : Sempre é tempo de se correr atrás dos sonhos e ser feliz, principalmente quando o sonho é bom como na Medicina, Formando com 39 anos ainda terá pelo menos mais 30 anos de atividade profissional. Evidente que se escolher uma especialidade de acesso direto na residência estará encurtando sua formação. Nesse aspecto a Medicina de emergência e a anestesiologia seriam de acesso direto e a medicina intensiva exigiria pré requisito de outra residência anteriormente. A anestesiologia é uma boa especialidade em termos de remuneração e mesmo inserção no mercado de trabalho, porém, com certeza, perde em qualidade de vida. É muito importante, na escolha da especialidade, se analisar 3 aspectos : a qualidade de vida que se vai ter, a remuneração e acima de tudo se o candidato vai se sentir confortável com o dia a dia da especialidade. Muitos estudantes ao se formar analisam apenas a possibilidade de remuneração na especialidade escolhida, e depois se arrependem porque não se adaptam ao cotidiano da especialidade e à qualidade de vida que vai ter. Isso tem levado muitos recém formandos a optar pela anestesiologia. Em relação à inserção no mercado de trabalho, não deveria se preocupar porque durante a própria residência seu staff vai te ajudando nisso. Como todo inicio em qualquer especialidade, pode ser um pouco difícil a colocação dentro de uma equipe de anestesia e vc estará no final da lista do grupo, ralando mais do que os demais membros do grupo e tendo que participar das cirurgias mais chatas e de menor remuneração . Porém com o tempo vc irá se fortalecendo dentro do grupo e subindo na hierarquia, até conseguir priorizar as cirurgias eletivas. Evidente que fazer um bom network ajudará bastante, principalmente com seus colegas de turma que optarem pelas especialidades cirúrgicas. A especialidade emergência médica somente recentemente foi assumida como especialidade médica pelo CFM e as residências nessa área ainda estão se estruturando. Abaixo transcrevemos uma explanação sobre essa especialidade publicada pela ABRAMED( Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica Medicina de Emergência 1 PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE EMERGÊNCIA Introdução O Brasil é um país com grandes diferenças sociais e com uma população majoritariamente usuária do Sistema Único de Saúde (SUS). Garantir acesso a esse sistema dentro de realidades tão distintas é um desafio constante de planejamento. O atendimento às Urgências e Emergências além de estratégico é um dos pilares do SUS como parte do planejamento de saúde. Neste sentido, é fundamental definir o perfil do profissional que ali irá trabalhar com as respectivas habilidades e competência. O médico brasileiro sai da escola de medicina sem a experiência necessária para enfrentar os desafios que este sistema necessita, principalmente no que tange a Urgência e Emergência. Este fato é reconhecido pela própria Associação Brasileira de Escolas Médicas (ABEM), nas Recomendações para a matriz curricular – 10 anos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina em seu capítulo 3 (A situação do ensino de urgência e emergência nos cursos de graduação de medicina no Brasil- Fraga G et al), quando refere: “…é muito importante que o egresso do curso médico tenha um conjunto de habilidades, competências e atitudes que o tornem apto para um bom atendimento aos doentes nos diferentes cenários da urgência e emergência, tanto traumáticas quanto não traumáticas “. Neste contexto, se faz necessário preparar um médico qualificado para liderar o atendimento nos diferentes níveis de gravidade em diversas áreas da medicina, tanto clínicas quanto cirúrgicas, incluindo desde o atendimento pré- hospitalar ao atendimento intensivo. Necessita-se de um médico que atue alinhado com as leis, portarias e diretrizes do sistema de saúde nacional e que compreenda o seu papel além das fronteiras assistenciais. O atendimento às Urgências e Emergências apresenta-se cada vez mais desafiador tendo em vista a evolução da própria medicina assim como a expectativa da sociedade atual, que estabelece novos padrões de exigência, desfechos e tempos de resposta às demandas individuais. Cabe a este profissional liderar as mudanças no atendimento visando responder a tais necessidades. PRM Medicina de Emergência 2 A responsabilidade estratégica do atendimento a Urgência e Emergência dentro dos sistemas de saúde moderno levou a criação de programas de especialização em Medicina de Emergência em todo o mundo. Essa especialidade tem formação própria e específica, com médicos formados em residência médica, via ingresso direto, com duração de 3 a 7 anos. O Médico Emergencista tem experiência técnica e científica assistencial generalista, para atender pacientes de alta a baixa complexidade. Além disso, são estes os profissionais responsáveis pela organização e dimensionamento da rede de atendimento a Urgência e Emergência. O estudo de gestão de serviços de emergência é parte curricular da formação do deste profissional, habilitando-o a coordenar um serviço de emergência, planejar seu dimensionamento de acordo com a população atendida e inseri-lo dentro da rede de atenção à saúde local. O sistema de atendimento Pré-Hospitalar também necessita de um profissional que se sinta identificado e confortável em atender e regular a imensa gama de situações clínicas e traumatológicas que este serviço apresenta. A especialidade de Medicina de Emergência inclui o estudo das normas, especificações e responsabilidades dos Serviços de atendimento Pré-Hospitalar, preparando o profissional para os desafios do setor. Outra área onde o Médico Emergencista se insere, dentro de um cenário multidisciplinar e multiprofissional, é o atendimento a catástrofes. Por sua característica de transição entre fronteiras clinico-cirúrgicas, as catástrofes que podem envolver problemas tão diversos como epidemias ou incêndios, colisões de automóveis ou enchentes, e isso faz com que acabem sendo tratadas como problemas isolados. A Medicina de Emergência contempla o treinamento em atendimento e prevenção de catástrofes, compreendendo que necessitam de um escopo de resposta padrão, técnico e efetivo para otimizar resultados. Experiência Internacional A primeira Residência em Medicina de Emergência foi criada em 1970 na Universidade de Cincinatti, nos Estados Unidos. No ano seguinte foi criado o primeiro Departamento de Medicina de Emergência em uma faculdade de medicina, na University of Southern California. Em 1979, o American Board of Medical Specialties criou oficialmente a especialidade nos Estados Unidos. PRM Medicina de Emergência 3 Atualmente, existem programas de residência com duração de três a quatro anos, de acesso direto ou como extensão de outras especialidades. Após o término de um desses programas, o candidato ao título de emergencista deve ser aprovado em um exame realizado pelo American Board of Emergency Medicine. Na Austrália e na Nova Zelândia, a certificação de um médico emergencista pelo ACEM (Australasian College for Emergency Medicine) requer um treinamento mínimo de sete anos. Já no Canadá, há duas rotas diferentes para a formação do médico emergencista: (1) um programa de residência em Medicina de Emergência, de acesso direto, com a duração de cinco anos, certificado pelo Royal College of Physicians and Surgeons of Canada, e (2) um ano optativo para treinamento em emergência voltado para egressos da residência em Medicina de Família, certificado pelo College of Family Physicians of Canada. Usualmente, os médicos envolvidos em pequenos pronto-atendimentos e hospitais do interior, fizeram a segunda formação, enquanto os integrantes do corpo clínico de centros terciários e acadêmicos optam pela primeira formação. No Reino Unido e na Irlanda, o College of Emergency Medicine estabelece um exame para conceder a certificação de Fellow of the College of Emergency Medicine (FCEM). Para submeter-se ao exame, é necessário um treinamento de seis anos. Na América Latina, a Medicina de Emergência é uma especialidade reconhecida no México, Peru, Colômbia, Venezuela, Chile, Panamá e Argentina. Justificativa Os Serviços de Emergência no Brasil costumam ser segmentados entre as especialidades de Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia e Cirurgia Geral. Os pacientes são direcionados para as especialidades de acordo com as queixas que possuem ao procurarem o atendimento. Nesse sistema, o paciente pode passar em mais de uma especialidade, realizar exames e consultorias específicas, ser visto por diferentes médicos dentro de cada área em diferentes turnos, até que tenha seu problema resolvido. Na imensa maioria das emergências brasileiras não existe a disponibilidade de especialistas em tempo integral, fazendo necessário o transporte do paciente a outra instituição, muitas vezes localizada em outro município, para que ocorra seu atendimento. Todo esse processo e suas PRM Medicina de Emergência 4 diferentes nuances leva tempo e custa caro. O atendimento é fragmentado, os encaminhamentos são por vezes inadequados, e o paciente acaba correndo riscos desnecessários dentro de um sistema que normalmente trabalha acima de sua real capacidade. Nos hospitais universitários, essa visão de atendimento de Urgência e Emergência também treina o médico de maneira fragmentada, incentivando a formação de especialistas e perpetuando a dinâmica explicitada no parágrafo anterior. Além disso, há pouco ou nenhum treinamento no atendimento ao Trauma durante a graduação ou mesmo nos programas de residência médica. Vale lembrar que essa patologia é a principal causa de morbi-mortalidade na população economicamente ativa de nosso país. A especialidade de Medicina de Emergência abrange o diagnóstico e o tratamento de qualquer paciente que necessite cuidados diante de uma situação imprevista de uma doença aguda ou lesão que requeira atendimento imediato. A razão da existência da Medicina de Emergência é, através do atendimento inicial adequado, diminuir a morbidade e a mortalidade desses pacie ntes. A sua prática abrange desde os cuidados pré-hospitalares até o atendimento hospitalar, requerendo conhecimentos de todas as especialidades intimamente relacionadas a ela. Envolve um conhecimento e reconhecimento adequados de lesões e doenças agudas, com ou sem risco de vida, seguidos de imediato tratamento e estabilização. Permite otimizar a solicitação de consultorias, encaminhar, transportar ou liberar o paciente com critérios e cuidados bem estabelecidos, minimizando os tempos de atendimento e os custos relacionados a este cuidado, além de aumentar a segurança do paciente durante o processo. Para o paciente, o treinamento em Medicina de Emergência gera um impacto positivo ao possibilitar uma abordagem mais ampla de seus problemas e propiciar o atendimento por um profissional comprometido a essa área de atuação. Para o médico que trabalha com Urgência e Emergência, o treinamento específico traz uma maior habilidade e segurança na execução de procedimentos, tomada rápida de decisões, permite dedicação exclusiva, aumenta a auto-estima e diminui a possibilidade de erro. Os Serviços de Emergência também se beneficiam com a presença de um médico treinado e dedicado ao atendimento de Urgência e Emergência, um PRM Medicina de Emergência 5 profissional disposto a melhorar seu ambiente de trabalho e participar das decisões relacionadas ao sistema, atualizar diretrizes, agilizar fluxos, padronizar cuidados e processos e melhorar indicadores. O Sistema de Saúde, enfim, se beneficia, porque passa a contar com profissionais treinados especificamente em atendimento a Urgência e Emergência, aptos a realizar atendimentos relacionados a diversas especialidades médicas, somente encaminhando quando necessário e o fazendo de maneira adequada. A formação do especialista em Medicina de Emergência leva a diminuição do número de internações, aumenta as internações com diagnóstico e tratamento definitivo encaminhados, diminui a solicitação de exames, culminando com diminuição de custos e aumento da efetividade do sistema. Plano para o Brasil Pelas razões acima expostas, as instituições abaixo discriminadas propõem o seu credenciamento para desenvolver um Programa de Residência em Emergência com três anos de duração. Este programa visa formar um profissional qualificado para atendimento das situações clínicas e traumáticas agudas de nossa população e, especialmente, para liderar a organização dos serviços de Urgência e Emergência do Brasil. O programa foi desenhado conforme as diretrizes adotadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e é embasado, também, na experiência bem-sucedida de dois programas já em funcionamento no país: um no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre (RS), há 18 anos; e outro no Hospital Massejana, em Fortaleza (CE), há 6 anos. Esta proposta foi elabora por membros representantes das seguintes instituições: a. UFMG; b. UFRGS; c. USP; d. USP Ribeirão Preto; e. Unifesp; f. Unicamp; g. GHC (Hospital Conceição); h. Hospital Santa Marcelina; i. HPS – Pronto Alegre; j. Hospital Messejana de Fortaleza; k. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). PRM Medicina de Emergência 6 Minuta: PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE EMERGÊNCIA 1- Acesso ao Programa: − Seleção Pública, Análise de Currículo e Entrevista 2- Duração Mínima: − TRÊS anos: PPG1, PPG2, PPG3 3- Número de vagas: − Mínimo: duas vagas anuais para PPG1. − O número máximo de residentes será de acordo com o volume e facilidades ofertadas pelo serviço. 4- Carga horária: − 60 horas semanais de acordo com as recomendações da CNRM, incluindo férias de 30 dias. 5- Objetivos do profissional a ser formado: − Aprofundar o conhecimento, habilidades e competências na área de Urgência e Emergência nos seus diversos cenários. − Desenvolver a capacidade de geração de conhecimentos dentro de quatro componentes: técnico, científico, educacional e administrativo. − Formação de líderes que possam influenciar e impactar no atendimento, gerenciamento e planejamento do setor, incluindo a liderança da equipe multiprofissional. 6- Locais de treinamento − Serviços de Emergência de Alta e Baixa complexidades − Serviço de Atendimento Móvel de Urgência / Pré-Hospitalar − Unidade de Terapia Intensiva (mínimo dez leitos). PRM Medicina de Emergência 7 − Anestesiologia (Procedimentos anestésicos / centro cirúrgico / recuperação anestésica). − Atendimento ao Trauma (unidade de emergência, terapia intensiva e enfermaria). − Unidades de Pronto Atendimento − Unidade de Queimados − Centro de Controle de Intoxicações − Regulação Médica / Gestão 7- Objetivos Cognitivos do Programa No mínimo, DEZ por cento (10%) da carga horária deve ser destinada a atividades teóricas (aulas, seminários, revisão de artigos, entre outros). O embasamento teórico prático deve abranger as principais situações agudas em Emergência, tais como as listadas abaixo, mas não restritas a estas: a. Ressuscitação cardiopulmonar. b. Via Aérea Difícil. c. Choque (séptico, hipovolêmico, cardiogênico). d. Insuficiência respiratória aguda. e. Ventilação mecânica Invasiva e Não Invasiva. f. Sedação e analgesia. g. Atendimento inicial ao politraumatizado. h. Traumatismo Cranio-Encefálico. i. Intoxicações exógenas. j. Acidentes com animais peçonhentos. k. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico e Isquêmico. l. Urgências hipertensivas. m. Infarto Agudo do Miocárdio. n. Síncope e Coma. o. Insuficiência cárdica congestiva. p. Arritmias cardíacas. q. Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. r. Aspectos éticos e legais do atendimento em Urgência e Emergência. PRM Medicina de Emergência 8 s. Noções básicas em gestão e administração de serviços de Urgência e Emergência. t. Noções em metodologia científica para pesquisas em Urgência e Emergência. u. Atendimento de catástrofes / desastres 8- Competências a. Reconhecer as afecções agudas de pacientes atendidos em Unidades de Pronto Atendimento e Emergências Hospitalares, bem como pelo atendimento Pré-Hospitalar, e implementar os respectivos protocolos. b. Estabelecer linhas de atendimento/cuidado em Urgência e Emergência. c. Auxiliar no atendimento a pacientes com necessidades específicas. d. Capacidade de autonomia e liderança. e. Propor e desenvolver um projeto de pesquisa (Trabalho de Conclusão de Curso). f. Demonstrar capacidade de gerenciamento dos processos administrativos relacionados a todas as instâncias de atendimento a Urgência e Emergência (gestão de custos, alocação de recursos humanos, fluxos, etc). 9- Habilidades Será requerido um conjunto mínimo de habilidades, a considerar: a. Acesso Vascular periférico e central. b. Sondagem Vesical e Naso/orogástrica. c. Intubação traqueal – oro e naso. d. Cricotireoidostomia. e. Suporte Ventilatório Invasivo e Não Invasivo. f. Punção liquórica. g. Toracocentese, Pericardiocentese e Paracentese. h. Drenagem torácica. i. Instalação de Marcapasso Transitório. j. Bloqueios anestésicos. PRM Medicina de Emergência 9 k. Suturas de ferimentos superficiais. l. Identificação de alterações e doenças agudas maiores em exames de imagens (Ecografia, Rx, CT e/ou RNM). m. Apresentação de tema livre ou submissão de artigo em periódico. 10-Descrição das atividades As atividades serão desenvolvidas nas unidades de atendimento a Urgência e Emergência e em outros locais, conforme necessidade específica de treinamento. Local Carga horária % Unidades de Atendimento a Urgência e Emergência 50-70% Pronto-Atendimento 10-20% UTI 10-30% Pré-Hospitalar 10-15% Áreas Clínicas 20-30% Trauma 10-15% Gineco-Obstetrícia 5-10% Emergência e Terapia Intensiva Pediátrica 10-15% Opcional 5-10% * Esta distribuição não pressupõe obrigatoriamente a divisão fixa em blocos. 11-Avaliação: Será realizada a cada quatro ou seis meses, envolvendo os seguintes aspectos: Atitudes – Postura, comunicação, integração com a equipe Conhecimentos e competênc ias – Domínio de conteúdos da área, protocolos – Projeto de pesquisa (TCC) Habilidades – Lista de aquisições 12- Ao final da residência, o profissional deverá ser capaz de: PRM Medicina de Emergência 10 a. Reconhecer, diagnosticar e tratar baseado nas melhores evidências científicas (protocolos) as principais situações de Urgência e Emergência médicas. b. Interpretar corretamente os exames de imagens usuais das principais situações de Urgência e Emergência. c. Executar os principais procedimentos de Urgência e Emergência. d. Liderar a equipe médica e multiprofissional na área de Urgência e Emergência. e. Entender o sistema de referenciamento hospitalar e organizar o serviço de atendimento em Urgência e Emergência. Os programas de residência médica em Medicina Intensiva tem duração de 2 anos e tem como pré requisite 2 anos de residencia em Clínica Médica, anestesiologia ou cirurgia geral. Embora a especialidade aparentemente seja estressante, na prática, depois que vc passa a dominar as técnicas básicas como punção de veia profunda, entubação endotraqueal, manuseio de respiradores…a dia a dia fica bem mais tranquilo, até mais tranquilo que um plantão em emergência. É uma especialidade de extremos em relação aos sentimentos, porque em alguns casos a felicidade é total quando se tira um paciente de um quadro grave com recuperação total sem sequelas, mas em putros casos se tem um paciente com morte cerebral e uma situação muito triste no relacionamento com os familiares. A qualidade de vida pode ser boa se vc não ficar na ansiedade de ganhar muito dinheiro dando vários plantões por semana. Com apenas dois plantões de 24 h por semana, um intensivista vai receber entre R$15.000,00 e R$ 20.000,00 por mês (em algumas cidades pode receber até mais do que isso). Um chefe de UTI pode receber cêrca de R14.000,00 mensais pela chefia e se der mais um plantão de 24 h por semana receberá mais 7.000,00 por mês pelo plantão e ainda poderá receber mais por pacientes que internem na UTI e vc seja designado como médico assistente. Nesses casos, um chefe de UTI pode ultrapassar os R$ 30.000,00 mensais de rendimentos. E mais : o mercado de trabalho está carente de profissionais dessa área que tenham o titulo de especialista em terapia intensiva Sucesso Mário Novais |
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