Osteoatrose é a doença mais comum que acomete as articulações do organismo humano. Pode ser de origem primária ou secundária. Como fatores de mais incidência da doença, temos: sexo feminino; idade avançada; obesidade; profissão; prática de exercícios que lesionem articulações; traumas; genética e doenças ósseas ou musculares.
Degeneração da Cartilagem
+
Remodelação Óssea = OSTEOARTROSE
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Inflamação Articular
Sabe-se que a cartilagem é idolor. Seu envelhecimento, entretanto, causa doença. A dor, então, surge dos ligamentos, dos músculos próximos, dos ossos, das periarticulações e da sinóvia.
Além disso, a cartilagem é avascular possuindo baixo metabolismo e nutrição por difusão.
Condrócitos: células do tecido cartilaginoso produtoras de colágeno II, proteoglicanos (dentre os quais ácido hialurônico) e metaloproteinases. Desse modo, de acordo com o balanço de produção de substâncias anabólicas e catabólicas temos maior síntese ou remodelação dos ossos (note que, nos idosos, há ineficiência de síntese de moléculas anabólicas – aumentando o risco de osteoartrose).
Anabolismo: Colágeno II, proteoglicanos entre outras substâncias.
X
Catabolismo: Metaloproteinases, IL-1, TNF-a, Óxido Nítrico, IL-6, IL-8 e PGE2.
O estresse mecânico que ocorre nas articulações libera óxido nítrico pelos sinoviócitos, que desencadeia apoptose dos condrócitos e degeneração da matriz óssea.
OBS: “Joint Faillure” – envelhecimento precoce da articulação.
Óxido Nítrico
+ = OSTEOARTROSE
Metaloproteinases
IL-1, TNF-a…
* A chamada Condromalácia acontece quando há envelhecimento da cartilagem associado à esclerose subcondral e surgimento de osteófitos, propiciando deformação da estrutura óssea e possível limitação de movimentos.
Como sinais da doença, destacam-se:
Crepitação palpável ou audível, espasmos e atrofia muscular, desalinhamento articular e sinovite discreta.
Como sintomas da doença, destacam-se:
- Gerais: Dor, enrijecimento pós-repouso, parestesias ou disestesias;
- Mãos: Nódulos de Heberden (interfalangeanas distais), nódulos de Bouchard (interfalangeanas proximais), rizartrose;
- Joelhos: Condromalácia de patela, desalinhamento articular, dor;
- Coluna Cervical: Nucalgia, cefaleia, disfagia;
- Coluna Torácica – raro e pouco sintomático;
- Coluna Lombar: Lombalgia mecânica, ciatalgia, enrijecimento pós-repouso.
Como locais atípicos para acometimento de articulações, podemos citar as articulações metacarpofalangeanas, os punhos, os cotovelos e a articulação glenoumeral dos ombros (a articulação acromioclavicular é acometida com maior frequência).
Os exames laboratoriais para investigação são: Provas inflamatórias, biomarcadores, biópsia de líquido sinovial.
Os exames radiológicos mostram – como consequência da doença – esclerose subcondral, osteofitose, pseudo-cistos, desalinhamento articular, diminuição da interlinha articular e anquilose.
Os tratamentos, ainda, incluem uma série de opções:
- Tratamentos não-medicamentosos: Gelo e calor; fortalecimento muscular; órteses; redução da carga corporal e de citocinas do tecido adiposo e terapias complementares (acumpuntura etc).
- Tratamentos medicamentosos: Paracetamol e Opioides – Tramadol ou codeína – como analgésicos, AINEs (diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno – não seletivos podendo geral distúrbios gastrointestinais – e celecoxib – seletivos da COX-2 (atenção para sangramentos)), corticoides intra-articulares, ácido hialurônico, sulfatos de condroitina ou glicosamina, colchicina, hidroxicloroquina, metatrexate ou diacereína.
- Tratamento Cirúrgico.