Pergunta : Jociney ( Universidade do Estado do Pará )
O dermatologista, por meio de algum curso ou capacitação, pode realizar cirurgias de implamte capilar? Além disso, qual a lista de possiveis procedimentos que esse especialista pode realizar? Obrigado
Resposta :
A rigor, uma vez legalizado como médico com a obtenção da inscrição no conselho regional de medicina, qualquer médico pode realizar qualquer procedimento médico; clínico ou cirúrgico.
No entanto, principalmente para evitar qualquer prejuízo aos pacientes e evitar futuros processos, o médico apenas deve realizar procedimentos para os quais esteja capacitado.
Os transplantes capilares devem ser feitos apenas por dermatologistas ou cirurgiões plásticos habilitados.
Mais algumas informações podem ser uteis para você :
A ABCRC( Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar ) é uma associação sem fins lucrativos, composta por médicos Dermatologistas e/ou Cirurgiões Plásticos, especializados em Restauração Capilar.
Fundada em 2003, tem como ideia central a educação continuada da arte e ciência da Restauração Capilar e do intercâmbio de ideias, conhecimentos e experiências na área.
Nota de esclarecimento à população ( da ABCRC)
A Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC) vem a público esclarecer que a cirurgia da calvície e outros procedimentos cirúrgicos que visam a restauração capilar em segmentos corporais distintos como barba, bigode, sobrancelha e cicatrizes que necessitam de transplante de cabelo para o seu reparo, são realizados oficialmente por cirurgiões plásticos e dermatologistas com treinamento cirúrgico, portadores de Título de Especialista outorgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reconhecidas pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM).
Alertamos para o fato de que profissionais de outras especialidades médicas, cirúrgicas ou não, portanto sem o devido treinamento para o exercício do Transplante Capilar, anunciam-se como Cirurgiões Capilares contribuindo para o risco de maus resultados, de sequelas irreversíveis e outros possíveis prejuízos à saúde desnecessários aos pacientes.
Cursos de “fim de semana” e eventos isolados sobre “Transplante Capilar sem cortes e sem cicatrizes”, proliferam-se e estão sendo oferecidos aos Biomédicos, Farmacêuticos e Enfermeiros numa afronta aos ditames éticos e constitucionais que asseguram aos médicos os procedimentos médicos, ignorando a lei e principalmente a cautela à saúde.
A ABCRC, na sua missão maior de zelar pelos cuidados e interesses dos pacientes necessitados de restauração capilar, mostra o seu total repúdio a tais atitudes e informa que denunciará os abusos aos órgãos competentes para assegurar os interesses e direitos da sociedade, bem como para proteger o interesse da classe médica.
A ABCRC orienta o grande público a certificar-se de que o médico escolhido pertença aos quadros associativos da ABCRC (www.abcrc.com.br), Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica(SBCP) (www.cirurgiaplastica.org.br), Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD) (www.sbd.org.br
Mais algumas informações sobre o transplante capilar : Fonte :G1.globo.com.br
Implante ou transplante capilar é uma opção para homens e mulheres calvos que ainda têm fios volumosos e elásticos atrás da cabeça. O cabelo do próprio paciente serve de doador: é retirado do couro na hora da cirurgia e implantado, fio por fio, nos folículos (onde nasce cada um deles) da área careca. Mas quem recorre à cirurgia deve continuar o tratamento para evitar a queda na parte saudável.
saiba mais
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Segundo o dermatologista Arthur Tykocinski, conselheiro da Sociedade Internacional de Transplante Capilar, essa redistribuição provoca a ilusão de que o cabelo natural está mais uniforme, mas a pessoa não voltará a ter as madeixas de quando era adolescente.
“Quem tem fios mais grossos e fortes nas laterais e atrás é um melhor candidato. Em geral, são feitas duas sessões, dependendo do grau da calvície e da densidade do cabelo. Os resultados começam a aparecer em seis meses”, explica.
Como é feita a cirurgia
Cada sessão implanta até 5 mil unidades foliculares – um folículo reúne de um a quatro fios – e deve haver um intervalo de um ano e meio entre uma e outra. A maioria não introduz mais do que 2 mil unidades. No mercado, o preço varia de R$ 10 mil a R$ 25 mil por sessão. Além do Brasil, Canadá, Estados Unidos, Europa e Austrália são referência no assunto.
Com as técnicas modernas disponíveis atualmente, as chances de sucesso – os fios crescerem na área afetada e a aparência ficar natural – chegam a 95%, de acordo com Tykocinski. A operação que inseria tufos de cabelo, segundo o dermatologista, já está totalmente ultrapassada.
O implante pode ser feito por pessoas acima de 25 anos e deve ocorrer na mesma direção, no mesmo ângulo e com as mesmas irregularidades dos fios que caíram. Uma equipe médica que abrange de 5 a 12 profissionais passa entre 5 e 10 horas focada no procedimento, que envolve fazer “furos” de até 0,8 mm no couro cabeludo e, neles, implantar os fios sadios. A parte onde foram removidos os cabelos, que devem ter cerca de três dedos de comprimento, recebe ou não pontos.
“O paciente pode fazer o implante com um dermatologista ou um cirurgião plástico habilitado”, diz Tykocinski. A operação é feita em consultório ou hospital, com anestesia local. Entre as recomendações antes do procedimento, estão tratar bem o couro cabeludo, que precisa ficar livre de caspa e inflamações.
No caso das mulheres, deve haver tratamento hormonal ou reposição de vitaminas, se essas forem as causas do problema. Ambos os sexos também são instruídos a, três meses antes da cirurgia, massagear diariamente a região do couro cabeludo de onde serão retirados os fios saudáveis.
Pós-operatório
“As pessoas vão para casa no mesmo dia. No dia seguinte, devem voltar ao médico para lavar o cabelo. Doze dias depois, são retirados os pontos. O acompanhamento, então, é feito após um mês e meio, três meses, seis meses, um ano e um ano e meio”, afirma o especialista.
Passado um mês, o cabelo implantado cai e um novo nasce no lugar em até três meses. Nesse intervalo, o paciente fica careca. Pode lavar o cabelo normalmente, tanto nesse período quanto depois de os fios crescerem. “A pessoa esquece que tem implante”, destaca Tykocinski.
O retorno ao trabalho ocorre no segundo dia após a cirurgia. Em dez dias, o procedimento já é capaz de passar despercebido. Atividades físicas leves podem ser feitas a partir do terceiro dia. Já esportes mais pesados requerem uma espera de duas semanas, fase em que também devem ser evitados cigarro e bebidas alcoólicas. Também não se deve tomar sol direto na cabeça durante seis semanas.
Segundo o médico, a cirurgia impacta demais a vida social do paciente. “Muitos que são mal-humorados ou apressados viram outra pessoa, mais doce, vaidosa. Às vezes, nem os reconheço, de tanto que mudaram”, revela.
Sucesso
Mário Novais