Hoje falaremos de um tema muito importante na prática médica ginecológica, a mamografia (MMG).
A mamografia é o principal exame complementar para pesquisa do câncer de mama, destacando-se no diagnóstico de lesões subclínicas. Nota-se, portanto, seu especial valor em um melhor prognóstico da doença. O método tem alta sensibilidade, a qual pode ser alterada por alguns fatores.
Fatores que alteram a sensibilidade da MMG:
- Mamas densas (é o principal),
- Lesões com características radiológicas que se equivalem às do tecido normal,
- Erro de posicionamento da paciente,
- Erro de interpretação do exame,
- Baixa qualidade do exame,
- Tamanho da lesão.
Para uma boa interpretação do exame devem-se levar em consideração a idade da mulher, a identificação dos fatores de risco, uma boa anamnese e um bom exame físico.
Além de nódulos, a mamografia identifica adensamentos, cistos em mamas adiposas e calcificações. O exame é indicado para rastreamento de lesões subclínicas em mulheres assintomáticas, estudo de lesões palpáveis, para acompanhamento pré e pós-tratamento de pacientes com câncer de mama e como guia de procedimentos invasivos.
Quais mulheres devem ser submetidas ao exame mamográfico?
De acordo com o consenso do Ministério da Saúde de 2013, o rastreamento está indicado para mulheres com idade entre 50 e 69 anos, com o máximo de dois anos entre um exame e outro, priorizando-se o exame anual. Caso a mulher apresente alto risco para a doença, o exame deve ser feito anualmente a partir dos 35 anos de idade.
Mulheres com alto risco:
→História familiar com pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, filha, irmã) com diagnóstico de câncer de mama abaixo dos 50 anos de idade.
→História familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, filha, irmã) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária.
→História familiar de câncer de mama masculino.
→Diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.
No próximo post discorreremos sobre a interpretação da MMG. Continue conosco!