A asma materna é a mais comum das doenças crônicas que complicam a gravidez e é um fator de risco para bronquiolite na infância. Episódios recorrentes de bronquiolite estão fortemente associados ao desenvolvimento de asma na infância.
Foi feito um estudo de seguimento de crianças nascidas de mulheres com asma que tenham completado um trial duplo cego randomizado durante a gravidez. Neste trial, gestantes com asma tiveram seu tratamento ajustado segundo um algoritmo que usava ou sintomas clínicos (“grupo clínico”) ou a fração de óxido nítrico exalado (grupo FeNO). Foi constatado que o segundo grupo teve menos exacerbações da asma durante a gravidez de forma significativa.
Participaram 146 crianças na consulta de seguimento após 12 meses do parto. Aquelas que nasceram de mães do grupo FeNO tiveram menos episódios de bronquiolite recorrente no primeiro ano de vida quando comparadas as do grupo clínico (odds ratio 0,08, 95% IC 0,01 a 0,62; p=0,016).
A otimização do manejo da asma durante a gravidez pode reduzir os episódios de bronquiolite recorrente na infância, o que poderia alterar a incidência ou a gravidade da asma na infância.