A doença renal crônica é uma complicação comum de diversas outras doenças, principalmente diabetes e hipertensão arterial mal controladas/tratadas. O tratamento adequado não só melhora mortalidade como também a qualidade de vida do paciente ao evitar que este precise de diálise precocemente.
A doença renal crônica é uma complicação comum de diversas outras doenças, principalmente diabetes e hipertensão arterial mal controladas/tratadas. O tratamento adequado não só melhora mortalidade como também a qualidade de vida do paciente ao evitar que este precise de diálise precocemente.
O primeiro passo é estimar o ritmo de filtração glomerular (RFG) pelo clearence de creatinina. Existem diversas fórmulas para tal, mas a mais utilizada é a equação de Cockcroft-Gault, que é:
RFG = (140 – IDADE DO PACIENTE) X PESO (Kg) / 72 X CREATININA SÉRICA (mg/dL)
Clique aqui para acessar uma calculadora virtual para essa equação.
O resultado é o RFG em mL/min. Daí podemos estadiar a função renal do paciente. São 6 estágios que vão desde ausência de lesão e RFG alta até falência renal em fase final.
Estágio | RFG | Função Renal |
0 | Maior que 90 | Preservada, apenas fatores de risco presentes |
1 | Maior ou igual a 90 | Preservada, mas apresenta evidência de lesão renal |
2 | Entre 89 e 60 | Lesão renal e leve déficit do RFG |
3 | Entre 59 e 30 | Perda moderada do RFG |
4 | Entre 29 e 15 | Função renal gravemente alterada |
5 | Menor que 15 ou dialisando | Falência renal |
É importante acompanhar o RFG do paciente ao longo do tempo uma vez que quedas bruscas da função renal sugerem a instalação de insulto renal agudo ou exacerbação de comorbidade.
Parte do tratamento é feito com drogas antihipertensivas, não só pelos seus benefícios cardiovasculares como também a redução da pressão glomerular por si só retardada a lesão renal. As drogas de escolha são os inibidores da ECA (iECA) e bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) por reduzirem a proteinuria. É sabido que a proteinúria é um indicador de prognóstico da função renal e ação destas drogas se dá pela dilatação das arteríolas eferentes nos glomérulos.
O paciente também deve ser orientado a consumir uma dieta com pouca proteína. Deve-se consumir entre 0,6 a 0,75 g de proteína por kilo do peso do paciente, sendo que pelo menos a metade deve ser proteína de alto valor biológico.
Deve-se evitar prescrever drogas nefrotóxicas, como AINEs e radiocontrastes.
Fonte: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/pdf/ckd_evaluation_classification_stratification.pdf