Os nódulos tireoidianos são queixas comuns dos pacientes nos consultórios. Estima-se que mais de 50% dos idosos tenham nódulo à ultrassonografia. Os nódulos devem ser sempre investigados para se afastar malignidade.
O primeiro passo é dosar o TSH sérico para definir se há ou não hipertireoidismo. O segundo passo é realizar uma cintilografia com iodo radioativo. Nódulos “quentes” geralmente são benignos. Nestes casos a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) não é necessária. O terceiro passo é realizar uma US de tireóide. Este exame fornece informações importantes que já começam a definir a lesão como possivelmente maligna ou benigna. O laudo deve informar tamanho, número, bordas, mobilidade e principalmente se há calcificação. Microcalcificação sugere malignidade, macrocalcificação o oposto. Nódulos císticos também costumam ser benignos. Se possível, a US deve ser feita com Doppler associado para definir o padrão vascular do nódulo. Vascularização central é comum nas lesões malignas, enquanto nas benignas os vasos se concentram na periferia. O último passo é a PAAF, que é o exame mais importante para definir o a celularidade e grau da lesão. A PAAF deve ser preferencialmente guiada por US.
Fonte: Ambulatório de Clínica Médica: Experiência do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ. Cavalcanti et al. . Ed. Revinter.