O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do pré-tratamento com atorvastatina sobre os radicais livres de oxigênio e seu papel protetor na célula do miocárdio durante a lesão isquemia/reperfusão.
Foram selecionados 156 pacientes com elevação do segmento ST, que seriam submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP), com idade entre 29 a 85 anos. 80 pacientes foram distribuídos aleatoriamente para o grupo de placebo e 76 para o tratamento com estatina (dose de 80mg, dada em média 1,5 h antes da ICP). O monóxido de nitrogênio (NO), malonaldeído (MDA) e a superóxido dismutase (SOD) foram dosados antes e depois da reperfusão. O escore de TIMI e o TIMI corrigido foram medidos após a reperfusão. A CK-MB e a troponina T tiveram seus picos registrados após o IAM.
Não houve diferença significativa nos níveis de NO, MDA e SOD (P> 0,05) entre os dois grupos antes da intervenção. Após o período de reperfusão, um número significativamente menor nos picos de CK-MB (289,9 ± 180,8 versus 360,5 ± 206.4U / L, P = 0,025) e troponina T (4,60 ± 3,13 vs 6,01 ± 4.98ng/ml, P = 0,035) puderam ser observados no grupo de estatina em relação ao grupo placebo e ainda o nível de SOD no grupo que recebeu estatina é maior do que o controle (34,14 ± 15,07 vs 29,06 ± 12.76U/ml, P = 0,024). Eles concluíram então que a atorvastatina pode reduzir os radicais livres de oxigênio desenvolvidos na reperfusão, impondo efeito protetor na célula do miocárdio durante a lesão causada pela reperfusão de uma área isquêmica.