O controle da glicemia, da pressão arterial e do colesterol são importantes para pacientes com diabetes. O objetivo desse trabalho é comparar o bypass gástrico, através da confecção de um Y de Roux, com mudanças no estilo de vida e tratamento médico intensivo para conseguir o controle dos fatores de risco dessa comorbidade.
Um estudo de 12 meses, com dois grupos não duplo cegos,foram selecionados de forma randomizada, em quatro hospitais de ensino nos Estados Unidos e Taiwan, envolvendo 120 participantes que tinham uma hemoglobina glicada (HbA1c) de 8,0% ou mais, o índice de massa corporal (IMC ) entre 30,0 e 39,9, os níveis de peptídeo C acima de 1,0 ng / mL, e diabetes do tipo 2 por pelo menos 6 meses. O estudo começou em abril de 2008. Medicamentos para hiperglicemia, hipertensão e dislipidemia foram prescritos de acordo com protocolos e as técnicas cirúrgicas foram padronizados. As metas primárias do estudo eram obter uma HbA1c inferior a 7,0%, LDL colesterol inferior a 100 mg / dL e pressão arterial sistólica inferior a 130 mmHg.
Todos os 120 pacientes foram submetidos a alterações no estilo de vida e manejo medicamentoso e 60 foram distribuídos aleatoriamente para passar pelo bypass gástrico. Após 12 meses, 28 participantes no grupo de bypass gástrico e 11 no grupo recebendo só o tratamento clínico alcançaram de gerenciamento de estilo de vida médica alcançado as metas primárias. Os participantes do grupo de bypass gástrico necessitaram de menos medicamentos e perderam 26,1% vs 7,9% de seu peso inicial médio em comparação com o grupo tratando clinicamente. Uma análise pregressa evidenciou que a perda de peso foi o principal fator que contribuiu para alcançar as metas. Houve 22 eventos adversos graves no grupo de bypass gástrico, incluindo um evento cardiovascular, e 15 no grupo de gerenciamento de estilo de vida médica. Ocorreu quatro complicações peri-operatórias e seis pós-operatórias tardias. O grupo de bypass gástrico experimentou também mais deficiências nutritivas em relação ao outro grupo.
Eles concluíram então que obesos leves a moderados, com diabetes tipo 2, possuem uma maior probabilidade de conseguir alcançar as metas propostas adicionando-se o bypass gástrico ao tratamento e manejo clínico (tanto medicamentoso quando na mudança no estilo de vida). Os riscos inerentes ao procedimento cirúrgico, assim como as comorbidades que possam vir associadas devem ser levadas em consideração na hora de se cogitar a realização da técnica.