A osteoporose masculina não é rara e o manejo dessa condição é uma questão de saúde pública. A avaliação clínica deve incluir a investigação para um ou mais fatores etiológicos, tais como o hipogonadismo, que é encontrado em 5% a 15% dos homens com osteoporose.
O desenvolvimento gradual de hipogonadismo moderado é a situação mais comum e a prevalência de hipogonadismo aumenta com o avançar da idade. A riqueza de dados científicos que estabelecem um papel importante para os hormônios sexuais no crescimento, remodelação óssea e o risco de fratura osteoporótica está em contraste com a escassez de ensaios terapêuticos. A terapia com andrógeno não produze consistentemente ganho de massa óssea e não existem dados disponíveis sobre os potenciais efeitos anti-fratura. A terapia com andrógeno não foi associada com um aumento significativo na mortalidade, distúrbios da próstata ou de eventos cardiovasculares, mas poucos dados foram obtidos em pacientes com mais de 75 anos.
Na prática, em um paciente do sexo masculino com a osteoporose, um diagnóstico de hipogonadismo acentuado e persistente requer investigações de causas tratáveis. Em pacientes com menos de 75 anos de idade, a terapia de reposição androgênica deve ser iniciado, junto com um endocrinologista. A história de fraturas indica a necessidade de farmacoterapia adicional para osteoporose. A relação risco benefício da terapia androgênica não é clara em homens com mais de 75 anos, os quais uma opção razoável consiste na combinação de medidas de prevenção de quedas, suplementação de vitamina D, e uma medicação comprovada para diminuir o risco de fraturas proximais do fêmur.