Essa revisão vai abordar o tratamento da hipertensão sistólica isolada, um dos maiores problemas de saúde pública, que é a hipertensão sistólica, que vem aumentando a prevalência principalmente com o envelhecimento da nossa sociedade. A elevação da pressão sistólica está mais associada a morbidades e mortalidades do que a hipertensão diastólica, e possui em seu mecanismo principal o aumento da rigidez na parede das artérias, principalmente as de grande calibre. Sempre o começo da abordagem deve ser feita de maneira não farmacológica, com mudança do estilo de vida, porém, quando isso não é eficaz, medidas farmacológicas devem ser instauradas. Um estudo, chamado HYVET forneceu dados de que em hipertensos bem idosos, abaixar a pressão para níveis de até 150×80 mmHg é bastante eficaz.
A terapia anti-hipertensiva tem que ser adaptada, principalmente em idosos, por causa de muitas morbidades que essa faixa etária apresenta, como por exemplo: doença coronariana, insuficiência cardíaca e renal, além de diabetes. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) ou bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRAII) devem ser considerados associados a diuréticos ou bloqueadores do canal de cálcio diidropiridinicos (amlodipina ou nifedipina por exemplo). Os B-bloqueadores tem menos efeitos protetores contra doenças cardiovasculares em relação a essas outras drogas.
Treatment of isolated systolic hypertension in the elderly; Duprez D; Expert Review of Cardiovascular Therapy 10 (11), 1367-73 (Nov 2012) PMID: 23244357