Pergunta: Renata Carvalho (Fundação Técnico-Educacional Souza Marques )
Sempre quis Cirurgia Plástica, porém a um ano da escolha definitiva estou começando a repensar a escolha.
Não me importo muito com a má qualidade de vida da residência em Geral, porem tenho medo do mercado de trabalho em plástica, visto que a cada ano se formam muitos cirurgões plásticos e quem as pacientes procuram, são os cirurgiões experientes. Por isso andei acompanhando anestesia, a qual gostei bastante e Dermato por ter um perfil estético do qual gosto muito. estou em dúvida, se vale a pena seguir mesmo cirurgia plástica sem se importar com o mercado de trabalho
Resposta :
Apesar de Cirurgia Plástica ser uma especialidade muito escolhida pelos estudantes de medicina, o mercado de trabalho ainda tem condições de aceitar novos especialistas nessa área. O Brasil é o segundo país do mundo em número de cirurgias plásticas; são cerca de 600.000 cirurgias por ano. Novas técnicas mais simples, população envelhecendo, adesão grande da população masculina, aumento da renda do brasileiro e preços de plásticas diminuindo, fazem com que a cirurgia plástica fique cada vez mais popularizada, consequentemente aumentando a clientela potencial.
É claro que essa especialidade exige algumas características especiais do profissional, como boa habilidade manual, sentimento artístico apurado, facilidade de abstração e perspicácia para entender a real “fantasia “das clientes que procuram a cirurgia plástica.
Outra vantagem dessa especialidade é que não depende de planos de saúde, as cirurgias plásticas, que na maioria são estéticas, são sempre pagas diretamente pelos clientes.
Além disso, a qualidade de vida desses profissionais é muito boa porque na maioria das vezes, as cirurgias são eletivas.
O status do especialista nessa área também é excelente; é uma categoria médica elitizada e talvez por isso muitos alunos de Medicina, em algum momento, pensem em serem cirurgiões plásticos.
Um ponto negativo é que o amadurecimento do profissional dentro da especialidade é um pouco demorado e a duração da carreira também é mais curta; uma cliente de cirurgia plástica não vai querer ser operada por um cirurgião recém formado e também não vai querer os serviços de um cirurgião muito velho. Ela vai preferir um profissional na faixa entre 45 e 50 anos de idade.
A saída para esse especialista no inicio de carreira será os plantões como cirurgião geral ou mesmo como emergencista clinico e as cirurgias plásticas a nível de mercado popular em bairros mais simples.
Sucesso
Mário Novais